A nova rodada do “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começa nesta quarta-feira (9). Sob justificativa de gerar empregos no país, as tarifas de Trump causam temor no mercado internacional e indicam a escalada de uma guerra comercial com a China.
As taxas denominadas “abrangentes” entraram em vigor no sábado (7), com piso de 10% para todas as nações. A partir desta quarta-feira, serão implementadas as tarifas “recíprocas” para 57 países que cobram mais de 20% de impostos dos Estados Unidos.
O Brasil foi taxado em 10% e não terá aumento nesta nova rodada, assim como Austrália, Argentina e Nova Zelândia. As tarifas de Trump foram calculadas pelo déficit comercial de cada país, dividido pelas exportações para os Estados Unidos, depois dividido pela metade.
A China lidera o ranking com a maior taxa, de 104%. Os Estados Unidos haviam anunciado imposição de 54% porém, a retaliação chinesa determinou tarifa de 34% sobre os produtos estadunidenses. Trump, então, dobrou a aposta e anunciou mais 50%.
Em resposta, a China impôs tarifas adicionais de 84% sobre os Estados Unidos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que o país não será intimidado pelas tarifas de Trump:
“A China continuará tomando medidas contundentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos. Se os Estados Unidos ignorarem os interesses dos dois países e da comunidade internacional e insistirem em lutar guerras tarifárias e comerciais, a China certamente lutará até o fim”, ressaltou.
Tarifas de Trump: veja ranking dos países com as maiores taxas
- China – 104%
- Lesoto – 50%
- Camboja – 49%
- Laos – 48%
- Madagascar – 47%
- Vietnã – 46%
- Myanmar (Birmânia) – 44%
- Sri Lanka – 44%
- Ilhas Falkland – 41%
- Síria – 41%
- Maurício – 40%
- Iraque – 39%
- Guiana – 38%
- Bangladesh – 37%
- Botsuana – 37%
- Liechtenstein – 37%
- Sérvia – 37%
- Tailândia – 36%
- Bósnia e Herzegovina – 35%
- Macedônia do Norte – 33%
- Angola – 32%
- Fiji – 32%
- Indonésia – 32%
- Taiwan – 32%
- Líbia – 31%
- Moldávia – 31%
- Suíça – 31%
- África do Sul – 30%
- Argélia – 30%
- Nauru – 30%
- Paquistão – 29%
- Tunísia – 28%
- Cazaquistão – 27%
- Índia – 26%
- Coreia do Sul – 25%
- Brunei – 24%
- Japão – 24%
- Malásia – 24%
- Vanuatu – 22%
- Costa do Marfim – 21%
- Namíbia – 21%
- Jordânia – 20%
- União Europeia – 20%
- Nicarágua – 18%
- Zimbábue – 18%
- Filipinas – 17%
- Israel – 17%
- Malawi – 17%
- Zâmbia – 17%
- Moçambique – 16%
- Noruega – 15%
- Venezuela – 15%
- Nigéria – 14%
- Chade – 13%
- Guiné Equatorial – 13%
- Camarões – 11%
- República Democrática do Congo – 11%
ND+